quarta-feira, fevereiro 26, 2003

Twilight Zone is now my playground

Foi um dia bizarro.
Pessoas estranhas, situações pavorosas, com direito a dois mendigos clandestinos bem ao meu lado no ônibus cheirando cola numa lata de coca-COLA (pra reforçar) e - só pra piorar - eles tentavam me obrigar a cheirar também enquanto os outros passageiros fingiam que não estavam vendo nada daquilo. Eu estava presa, não tinha jeito de fugir daquele banco sem ser morta, estuprada, abusada ou coisa pior. Se eu tivesse gritado por socorro ninguém ia ligar mesmo... Sim, na minha concepção isso é tortura. Fui torturada e negligenciada pelos meus colegas passageiros (talvez eles tivessem tanto medo quanto eu). Um absurdo. Mas também, o que esperar de uma companhia de transporte em que o cobrador (que geralmente vigia as entradas do veículo e expulsa moleques pendurados do lado de fora das janelas) não existe e é o motorista que tem que cuidar de tudo sozinho?

Algumas horas antes, fui abordada por um andarilho de uma perna só, que me parou pra pedir R$50 para sua "prótese". Tentei contar que na minha universidade, o pessoal do curso de Fisioterapia mantém uma clínica que fornece próteses e tratamento gratuitos para amputados. Ele não quis saber. Disse que vale mais se ele comprar.... PINGA! O cara fedia a pinga. E eu tive medo de fugir e ser morta, estuprada, abusada ou coisa pior.

Voltando mais algumas horas antes da cola de sapateiro e do perneta, fui abordada por um aluno do primeiro ano que metia medo. Um garoto com ar de menino de 12 anos na faculdade com um jeito de psicopata que não sei descrever aqui sem ofender. Ficou puxando papo furado e me olhando com cara de demente (droga, já ofendi). Ele queria a espuma que forra a parede da minha nave (que a princípio era pra ser um estúdio de rádio, mas não rolou) pra isolar acusticamente o quarto dele e perguntou se a faculdade não arrancaria a espuma da parede pra ele. Minutos depois, durante a aula dos alunos do primeiro ano, aproveitei a folguinha para dar uma ida à cantina para um rápido lanche. Quando estava ali saboreando um delicioso croissant de queijo e presunto, vi no reflexo do vidro à minha frente, uma silhueta familiar.... era o tal garoto! Ele deveria estar na aula! (toca a vinheta do Psicose). Ele me segue e tenta puxar mais papo furado. A porta do elevador se abriu num passe de mágica, entrei correndo e fui salva por uma fração de segundo! Consegui fugir.

Mas logo outras coisas tão estranhas sucederam que no final das contas acabei por decidir que não vou mais sair de casa. Estou mais salva aqui dentro. Será que eu posso ficar mais paranóica?
...


*P.S.: Fui sozinha ver Edifício Master e adorei. Ele ainda afirma a minha teoria de que as pessoas que moram no Rio de Janeiro estão mais sujeitas à excentricidade extrema.(eu tenho vasto conhecimento em matéria de Rio de Janeiro, sem ironia).
Bem, já que o Gilberto Custódio fez um pedido público do CD da Drosóphila, vou dar uma resposta pública: "Belezzz, mano! É nóis na fita! Mas só pq tu é sangue bom aê, truta!"
Binha babãe agora tem um blog! Eu dei de bresende bra ela, afinal ela gosta tanto de blogs.... =)
Check it out. Inda tá de temblate fedido do blogger, ligeiramente modificado. Se eu tiver tempo, faço uma coisinha bunitinha pra babãe.

segunda-feira, fevereiro 24, 2003

Deep Thoughts (praticamente restos de um brainstorm sobre "pautas" para os meus posts):

- Não aguento mais ligar a TV e ver o Edgard da MTV pagando uma de violonista-roqueiro-descolado naquela Casa da Praia.

- Falando em Casa da Praia, é rídiculo ver os "convidados" do Eu na Casa servindo os VJs como escravos submissos.

- Quero comer rolinho primavera.

- Estou maravilhada com a nova fase do P.O.S.T. . Sensacional.

- Os shows de sábado foram excelentes. O clima estava ótimo, estava todo mundo feliz! Foi melhor showzin que eu já fui (e que tive o prazer de participar!).

- Zwan é ótimo, caramba!

- Do Over é o seriado mais legal do momento. Juro.

- Quero ver Edifício Master.

"Deve-se olhar os produtos mediáticos como subordinados à ironia dos receptores quando em avaliação, que modificam seus atos, se fazem humildes ou simulma conhecimento do assunto. Crendo nisso, os media apresentam produções vazias. Contudo percebe-se que os media de massa ainda não encontram um caminho seguro para suas produções, porque não identificaram ainda o receptor nesse panorama difuso, onde impera a mescla entre entre condições humanas diferenciadas"
- Trecho de um texto denso de Telejornalismo escrito pelo meu professor-surfista-marombado-porém-intelectual. Vai encarar?
Um cachorro grande chamado Avril

Estava eu vendo MTV em uma das minhas tardes de nóia, típica de quem está de férias do trampo, quando algo me chamou a atenção. Nunca tinha visto a banda gaúcha "Cachorro Grande" na vida até aquele dia. O cara estava usando uma boina idêntica a uma muito antiga que meu pai tem desde que eu me dou por gente. Acabei nem prestando atenção na música dos caras (o figurino do cara funcionou como ruído entre emissor e receptor hehe estou bitolada com Teoria da Comunicação, hehe). Well, vi isso bem na hora em que estava com a "grande dúvida cruel" de toda mulher:
"- Que roupa vestirei no show de sábado? Oh!".

Estava cansada de usar roupitchas peruas e bois (boá) nos meus shows. Liguei dois e dois e resolvi me vestir de cara-do-cachorro-grande, afinal, eu tinha uma calça "social", uma camisa branca e um all star além da boina do meu pai. Fiquei empolgadíssima com a idéia. "Mol istáile!" hehe.

Chegando em São Paulo, fui visitar a casa dos irmãos do Nando, os fofos do Rodrigo e da Rita. Descobri que o Rodrigo - que é vocalista de uma banda emo em Sampa chamada "It feels good" - tinha gravatas no armário. Seria perfeito! O cara do cachorro grande não usava gravata, mas os outros componentes usavam! Levei alguns longos minutos aprendendo a dar nó em gravata e a peguei emprestada. Eu fiquei parecendo um Stroke, haha!

Foi meu grande erro. Passei a noite inteira sendo chamada de Avril. Logo depois que acabou o show da Drosóphila - que foi muito legal, por sinal - , o DJ resolveu colocar a música do Skaterboy só pra me zuar. A frase mais proferida por mim naquela noite foi "AVRIL NÃOOOO!".

E foi assim que eu aprendi que nunca mais devo fazer isso. Eu não tenho vocação pra poser, nem de brincadeira.
Aguardem as fotos.

FIM.

quinta-feira, fevereiro 20, 2003

Short Hair Fever - Part II
Depois de muita pesquisa analisando quase 400 fotos na internet, acho que me decidi. Já mandei até um e-mail pro meu Personal Hair Stylist (vulgo cabelereiro) hehe.
Que tal? (Me disseram uma vez que usar 'alt' em fotos era coisa de loser. Yo soy.)

Esse (1):
Para uma jornalista moderna e bem informada

Esse (2):
Para uma mulher charmosa, despojada, 'de bem com a vida' que mais parece a Xuxa, mas ninguém repara


Meu cabelo vai ficar marrom. Na verdade é um "Louro Avelã". É cor de nada, é cor de cabelo mesmo. Depois de quase 3 anos sendo ruiva, enjoei. Vou dar um descanso pras minhas madeixas por um tempo antes que elas caiam e eu acabe ficando assim:

Aquele manequim sem peruca que ficava estático em um dos sintetizadores do Erasure no anos 80 ao lado do careca
"I love to haaaaaate youuuuuuu!"

O Nando me fez uma surpresa fazendo um banner do show de sábado. Agora temos dois! Pick one! E infernize seus leitores com popups vc tb!

Olha que legal!

quarta-feira, fevereiro 19, 2003

A Mari mais uma vez destruiu! Que orgulho! =)

"Diálogos hipotéticos

- E aí vizinho? Quer entrar pra tomar um nescau?
- Ah, até que vai bem numa hora dessas. Obrigado.


minutos depois...


- Ahn... você não tinha dito que era Nescau? Isso aqui não é Nescau...
- É Toddy.
- Mas você tinha dito que era Nescau!
- Ué, foi jeito de me expressar, usei um termo genérico, tipo: catupiry, maizena. Enfim, quis dizer achocolatado.
- Você não deveria ter feito isso...
- Por que? Não gosta de Toddy? É chocolate, quem nem Nescau!
- Você não deveria oferecer produtos genéricos às visitas, tem de ser especificado! Oh, minha nossa...
- Mas nunca pensei que isso causaria transtorno. Na próxima vez eu compro um Nes... Ei, vizinho! Vizinho?? Você está bem? Abra os olhos! Fale comigo! Céus!!!


FIM."


Perfeito!
Eu não sou uma pessoa que se ofende fácil. Pra me ofender, é porque é algo 100% ofensivo. Tem pessoas que não sabem fazer críticas construtivas, falam coisas agressivas deliberadamente como uma metralhadora de veneno e mostram que não têm absolutamente NADA na cabeça. Mas mesmo sendo palavras de gente que não tem nada na cabeça, elas ferem e podem até matar. Nunca subestime o poder das palavras, elas tem um poder destrutivo imenso. É nessas horas que eu não gosto de ser uma "pessoa pública", pq eu tenho que aturar milhões de impropérios de gente insensata. O que mil elogios conseguem construir, uma xingada consegue por tudo por terra. Desanima, sério. A gente põe suor e sangue numa coisa que gosta e de repente ela é desvalorizada por um troglodita qualquer. É ter seu castelinho de areia destruído por uma criança invejosa.
Eu sei muito bem que não se pode agradar a todos e nunca fiz nada nessa intenção. Eu só gostaria de viver num mundo com pessoas civilizadas que não destroem algo só pq não lhes agrada. Eu não vou chegar pro Chorão, do Charlie Brown Jr, que eu não gosto e xingar ele até a morte, dizer que a banda dele é uma bosta e que não sei como alguém consegue escutar, ou que eu deveria ganhar o dinheiro que ele ganha fazendo porcaria por fazer algo mil vezes melhor. Nunca faria isso pq eu sei que por mais que o trabalho deles seja péssimo PARA MIM, tem gente que gosta e os caras suaram para chegar aonde estão. Não se pode dizer que algo é bom ou ruim pq esses valores são relativos. Para uns é bom, para outros é ruim. A verdade é relativa, não está estipulado o que é realmente bom e o que é realmente ruim. Eu não gosto e fico na minha. Existe uma coisa chamada ética e acho que as pessoas definitivamente deveriam saber usar. Gosto não se discute, se lamenta.

terça-feira, fevereiro 18, 2003

Vocês vão ter que aturar mais popups meus!!!
Show da Drosóphila, sábado no Juke Joint. Tocaremos com os amigos do P.O.S.T. e Starfish100! Minhas bandas favoritas! Vai ser o show do ano!!! hehehe

segunda-feira, fevereiro 17, 2003

Eu tenho umas crises estranhas... toda vez em que "evoluo" ou "mudo de fase", preciso mudar radicalmente de visual. Como cobra muda de pele ou um molusco muda de concha (um Bernardo Heremita, talvez). Minha cara tem que combinar com a minha cabeça. No momento, eu não me sinto uma ruivinha de cabelos médios. E isso que semana passada eu estava mol de bem com o meu cabelo. Gostar eu ainda gosto, mas tem alguma coisa dentro de mim que está repelindo essa concepção estética de "Ana Luiza". Preciso encurtar essas madeixas, fazer um corte diferente e pintar de chocolate, ou então da minha cor natural pra não ficar louco demais. Preciso de algo mais equilibrado, mas nada muito sóbrio. É o que minha personalidade parece estar pedindo. Se eu enjoar de ter o cabelo "normalzinho" eu volto a ser uma garota fiat-lux.
Se eu chegar pro meu cabelereiro descrevendo essa minha crise existencial, sem ser muito específica, quando ele perguntar o que eu quero fazer com o meu cabelo, é capaz de ele ficar com cara de interrogação, falar pra eu arrumar um terapeuta ou então pedir para eu olhar umas revistas pra ver se eu encontro algum corte que se assemelhe com "algo mais curto e diferente, nada muito sóbrio, mas equilibrado". Se ele for tão bom assim ele vai captar a mensagem e fazer esse corte que eu nem idealizei direito, só o seu conteúdo hehe.
Acho que é influência da minha cunhada. O cabelinho dela é tudo. ;P
É melhor eu pesquisar... eu tenho a cara quadrada demais para deixar muito curto. Alguém me empresta uma revista?
Já passei por várias outras crises existenciais envolvendo cabelos nesse blog. Quase um ano trás peguei uma tesoura e num ato de desespero, cortei minha própria franja, toda torta. Foi engraçadão. Se quiser ler dá uma visualizada aqui. Para achar fácil, é o post de 5 de abril. Se quiser ser mais prático, dê um ctrl+F básico e digite "franja".

Eu mudo toda hora, mas não mudo nunca!

quinta-feira, fevereiro 13, 2003

Agora tenho um endereço de e-mail a mais. O ilovechocolate é velhão, ainda funciona, mas não está mais suportando muita coisa.
Agora será lamosca@yada-yada.com provided by myownemail.com.

**merchandising deslavado! Se vc quer ter um endereço legalzin do tipo ciclano@hehe.com ou fulana@forpresident.com, cacildis@antisocial.com ou até mesmo beltrana@girlofyourdreams.com, está dada a dica. O myownemail tem tudo isso e muito mais... **merchandising deslavado!
Depois de um tempão sumida, a seção "eu no ônibus" volta com tudo...

Pra quem começou a acompanhar o mosca há pouco tempo, fique sabendo que Ônibus sempre foi assunto nesse blog e pelo jeito não vai deixar de ser tão cedo... eu vivo passando por mil rebordosas no coletivo. Voltam as aulas, voltam as histórias de ônibus.

Eu já estava ficando mal-acostumada nas férias, indo de carro prá lá e prá cá, achando que nesse ano ia até dar pra ir trampar na facool dirigindo o meu querido Dexter. Mas não rolou. O Dexter sofreu um grave acidente, está na UTI e não sabemos quando vai voltar. Mesmo assim, se eu puder ir pra facool de Dexter com certeza não será em todos os dias. Vou ter que voltar a apelar para o 13 (o caos em forma de ônibus) mesmo. Chega de blá blá blá. Vamos ao causo de hoje. Acredite se puder...



Copo d'agua

Saí de casa na hora certa. Mas sabe quando tudo parece que se adianta 30 segundos do que o normal e esses 30 segundos perdidos podem arruinar seu dia? Exatamente.

A duas quadras do ponto, o ônibus passou voando e eu, como sempre, saí correndo atrás do bendito, antes que ele sumisse. Eu corro mesmo. Corro porque não tenho paciência de ficar mais 40 minutos esperando outro ônibus chegar. Corri feito doida, mas não consegui alcançar por pouco. Mais uma vez eu saí a toa gritando e correndo pela rua, enquanto o motorista e os passageiros riam da minha cara (eu já estou acostumada com esse tipo de situação, eu sou "aquela ruiva perseguidora de ônibus"). Fiquei sem ar, claro. Sou sedentária de carteirinha.



Como não queria chegar atrasada na faculdade, resolvi pegar outro ônibus em outro ponto. Mesmo dando uma volta gigantesca eu ainda chegaria antes que se eu ficasse no ponto esperando outro do que eu perdi. No caminho até o outro ponto - e eu completamente sem fôlego, pois meu condiocionamento físico é nulo - me passa o outro ônibus voando... Reuni minhas últimas forças e saí correndo novamente. Ou tudo ou nada! Consegui pegar o dito cujo. Entrei no ônibus lotado, arfando feito um nerd asmático do lambda lambda lambda. Todo mundo olhou pra mim, perguntaram se eu estava me sentindo bem, me ofereceram um lugar para sentar, abriram as janelas, perguntaram se eu não queria parar no hospital... Cinco minutos se passaram e eu ainda estava sem ar, com o coração disparado e suando frio. Eu não estava "passando mal", eu era só uma sedentária inveterada cansada de correr. Só fui melhorar uns dez minutos depois da corrida. Daí chegou um senhor idoso para me perguntar se eu não queria um copo d'agua. Eu agradeci a gentileza e disse que não precisava. Mas ele insistiu. O ônibus parou num ponto movimentado, ele pediu para o motorista esperar por ele. O velhinho saiu correndo até uma lanchonete em frente ao ponto, comprou um copo de água, me trouxe e desceu novamente do ônibus!



No final das contas, aquele copo d'agua me salvou, pq logo caiu o maior temporal, as pessoas fecharam todas as janelas do ônibus e outros mil passageiros começaram a chegar. A coisa ficou feia a ponto de o ar ficar completamente rarefeito. Aquele senhor vai pro céu. Dei sorte. Vou correr todos os dias até o ponto de ônibus pra ser sempre paparicada, uhu! =)



Agora tenho outras histórias e peculiaridades engraçadas de outro tipo de ônibus... as do ônibus que vai pra São Paulo. Mas essas eu conto outro dia. Chega. That's all folks!

terça-feira, fevereiro 11, 2003

Fotos novas. Do show no Funhouse e umas tiradas naquele restaurante australiano do shopping Eldorado. A quem interessar...
Tá bom, tá bom. Vivem me crucificando porque, pra variar, sempre me entendem mal quando falo desse assunto. É nessas horas que eu odeio jornalistas, porque adoram distorcer e omitir algumas coisas que os outros falam só pra dar ibope.

Eu NÃO acho que feminismo é uma besteira. Eu só acho besteira ficar fazendo mil discursos e ser bandeirosa de feminismo só pq eh cool ser birrenta , ter uma banda que faça barulho pra fazer discursos e mostrar "atitude", dizer que as mulheres são seres superiores e que os homens fedem (nada que um desodorante não resolva hehe DUH!) ... Eu não preciso ser bandeirosa, nem quero ser bandeirosa. Eu critico bandas de feministas militantes pq quase sempre deixam a música em último plano e por causa disso não gosto da generalização que fazem por aí achando que toda banda de garotas é sinônimo de barulho e discursos feministas batidos, acabando por sujar o nome das mulheres musicalmente em vez de ajudar. Sim, existem exceções, eu disse "quase sempre", está em negrito lá atrás.

Chega de blá blá blá, chega de reclamação, somos todos iguais, ninguém é melhor que ninguém por causa do sexo. Ignorem os caras chovinistas, não percam seu tempo com eles, fiquem perto de caras legais que valorizam as mulheres, pois eles existem sim.

Façam o seu melhor, destaquem-se por serem brilhantes e não por serem militantes feministas. Essa é a minha filosofia e a melhor maneira de mostrar força.

Eu não prego o feminismo. Eu vivo o feminismo. Vai virar meu chavão, vai pro F.A.Q. da Drosóphila.

sexta-feira, fevereiro 07, 2003

Aí embaixo vai um post gigante de Lição de Casa pra vocês.

Ah, e apareçam no Funhouse nesse sábado pro show de lançamento do CD da Drosóphila!!! Mais detalhes, vide o maldito pop-up que vc vai deixar carregar dessa vez quando você atualizar agora a página do meu blog. =)

Vejo ocêis lá, cambada!
Cara de Nome

Tem pessoas que simplesmente têm a cara do nome que não têm. Por exemplo, tinha uma garota que eu cismava em chamar de Soraya. A mina tinha uma cara de Soraya que muita Soraya por aí não tinha. O nome dela era Luciana. Pra mim era Soraya. Ela me odiava por isso.

Outro caso, foi uma que eu chamava de Roberta. Ela tinha uma baita cara de Roberta, era Roberta, prá lá, Roberta prá cá... o nome dela era Tatiana. Daí ficou Tatiana. Tatiana Roberta, é claro! Acho que ela também me odiou por causa disso. Mas o que eu posso fazer? Prá mim as duas tinham cara de nomes que não tinham, oras!

Outro exemplo é a minha mãe. Vivem chamando ela de Márcia. Pessoas de diferentes de lugares diferentes sempre a chamam de Márcia, e é verdade: minha mãe tem a maior cara de Márcia, mas se chama Ana Maria. Diz aí? Quem nunca teve seu nome confundido com outro?

Eu? Vivem me chamando de Andressa (?!?) , Ana Paula ou de Maria Luiza, mas aí é gente que confunde meu nome mesmo. Me falaram que eu tenho cara de Ana mesmo. Será? Quando eu era pequena achava que eu tinha cara de Júlia.

Tem gente que é o inverso. Não têm a cara do nome que têm. Meu pai é um grande exemplo. Você pode achar que ele se chama Paulo, André, Márcio, Carlos, Pedro....mas o nome dele é Osmundo. Não é um nome nada comum no Brasil, portanto ele nunca teria a cara do nome que tem para qualquer pessoa. O saco é ele ter que aturar um monte de piadinhas infames com o nome dele. Não só na infância como na maturidade também. Sempre tem algum panaca que estranha e tira uma onda, daí meu pai sempre exclama: "Como é que tiveram coragem de dar um nome desses a uma criança inocente? Por quê?!?"
Resposta: esse nome já está na família há gerações. Mas meu pai diz que se eu der esse nome para o meu filho para perpetuar a tradição, ele me deserda e ainda me deixa um CD de música de elevador de uma orquestra fantasia a la Scala FM. Eu não seria louca.

Nomes bacia

São os nomes mais repetidos da face da Terra. Você deve conhecer pelo menos uns 5 Thiagos, Rodrigos, Alexandres, Rafaéis, Leandros, Daniéis, Julianas, Taíses, Carolinas, Vanessas, Priscilas.... Você até se confunde!

» Depois do sucesso bombástico do Los Hermanos, apareceram milhares de bebês chamados Anna Júlia.

» Minha mãe diz que no início dos anos 80, tinha uma novela cuja personagem principal se chamava Karina. Foi um boom de Karinas por todo Brasil!

Nomes impronunciáveis

Aqui no Brasil o povão tem mania de dar nomes estrangeiros aos filhos, mas fazem sempre meleca. Jennifer vira Gênifer, Washinton (que nem deveria ser nome de gente) vira Uóshito, Grace vira Greice, fora as Greice Kélis da vida...

Conheci uma menina, quando estudei no colégio público, que se chamava Leide Daiana. Assim mesmo, escrito dessa forma. É que ela tinha nascido no dia em que a Lady Di e o Príncipe Charles se casaram e a mãe quis fazer uma homenagem...

Minha mãe disse que no colégio em que ela trabalha apareceu uma aluninha de 3 anos chamada Kimbéssinger. A mãe pede que não a chamem de Kim. "É Kimbéssinger!"

Tinha uma amiga que gostava de Oasis, ouvia os caras diariamente e acabou influenciando a empregada, que se apaixonou por Wonderwall, "a música que toca na novela das sete!" Pois então, a tal empregada teve um bebê, e o chamou de Vonderval. Fora o Rolinstom, cujo pai era fã de Rolling Stones... isso acontece muito. Deve ter muito moleque pseudo-índio aí se chamando Derráives daqui a algum tempo... aposta quanto?

Tem a clássica piada da Madeinusa também. Aquela da empregada que passava as camisas do patrão e lia na etiqueta MADE IN USA e achava lindo.

Por água abaixo

É clássico você desde pequeno sempre sonhar em chamar seu filho com um nome "X", e depois de anos conhecer alguém repugnante ou insuportável com o mesmo nome que faz você mudar de idéia.

Meu pai queria que eu me chamasse Laura, por causa de uma de suas música favoritas, trilha do filme Laura. Mas minha mãe não deixou porque no colegial ela estudou com uma Laura que era tão peluda que parecia um macaco. Portanto, se eu tivesse esse nome, minha mãe iria olhar pra mim e lembrar da colega macacuda. Ficou Ana Luiza mesmo, por causa da "Ana Luiza" do Tom Jobim. As pessoas sempe confundem. "Luiza" é uma música do Tom mais famosa que "Ana Luiza". Daí todo mundo acha que é por causa da "Luiza" e não da "Ana Luiza" e começa a cantarolar: "Vem cá Luiza, me dá tua mão..." e eu tenho que cortar o barato do indivíduo e dizer: "Não, nem é essa a música, amigow...".

Nomes que te perseguem

Quando eu era pequena, tinha uns 8 anos, ouvi a expressão "fora de cogitação" pela primeira vez pra ter que ouvir a mesma coisa pelo menos umas oitenta vezes naquela semana. Foi só eu descobrir essa expressão nova que eu comecei a ouvi-la onde quer que eu fosse. Ou era moda, na época, falar que tudo estava "fora de cogitação", ou então foi mera coincidência. Mas o importante foi que a expressão me perseguia. Isso aconteceu com nomes comigo também.

No cursinho, conheci a Bibiana. Até ali, nunca tinha ouvido esse nome na vida. Não tinha lido "O tempo e o vento". Alguns instantes depois da Bibiana se apresentar para mim, uma garota vira para trás e fala: "Caramba! Eu também sou Bibiana!!! Nunca conheci ninguém que tivesse o mesmo nome que eu!!".
Nunca tinha ouvido falar no nome, de repente tinha conhecido duas Bibianas de uma vez! Pra não me confundir durante o ano, chamava chamava uma de Bibis e outra de Bibiônica (pq ela é Bibiana Verônica), embora chamasse as duas de Bibis individualmente. No final daquele ano, a Bibis foi embora fazer facul em São Paulo, e a Bibiônica ficou. Daí a Bibiônica virou a Bibis definitivamente e era com ela que eu dançava frenéticamente no Popscene na última sexta-feira, como aparece aqui.

Pra frizar essa minha teoriazinha de perseguição, vou contar o último "cauuuso". Cheguei na faculdade e conheci uma Belisa. Dali a pouco vira uma menina e grita: "Caramba! Eu também sou Belisa!!! nunca tinha conhecido ninguém que tivesse o mesmo nome que eu!". Nunca tinha ouvido falar em Belisa na vida. Tô falando...

quinta-feira, fevereiro 06, 2003

Justin quer ser Maica Jéca.
Nick Carter quer ser Bráian Adams.
Aquele Vinny faz plágio de Sugar Ray.
É o apocalipse. Estão reinventando a porcaria.
Caxias sim. E daí?



De volta à faculdade. Estou com estágio garantido para esse ano, já tenho um livro para a semana que vem e um trabalho de edição. Como é bom estar de volta! Ahhhnnn!!

Eu sou caxias mesmo. Caxias até históricamente, pois o Duque de Caxias é meu antepassado (hehe crasse a, um famoso na família!). Será que o Duque de Caxias também era caxias? Será que é por causa dele que chamam os caxias de caxias? Alguém pode me confirmar?



Pra comemorar minha volta às aulas mudei a cara desse blog. Agora tenho mais espaço. Diliça.





"I´m not behind the fighter jet


I´d much rather back a simple girl"
Tomei Coca-cola vinda da Alemanha e passei mal.

quarta-feira, fevereiro 05, 2003

Clique em "Fotos" aí do lado no menu do Mosca e tenha uma surpresa.

terça-feira, fevereiro 04, 2003

Tem coisas que só São Paulo traz para você...

Visitando a Pinacoteca do Estado no sábado, pude passar por experiências inéditas, quase que insólitas, coisas que nunca imaginei...
Choveu granizo por mais de meia hora, só isso pra mim já foi espantoso. Nunca tinha visto algo do gênero. Foi como ver neve (embora nunca tenha visto neve na vida).
Foi bizarro. Assistíamos ao show de pedrinhas de gelo caindo e pulando feito pulgas amestradas pela clarabóia do átrio da pinacoteca. No chão, milhares de pedrinhas esmigalhadas tomavam conta do piso de ardósia. Foi muito lindo. Chuif!
Daí a parte insólita. Acabado o temporal, fomos buscar o carro na garagem do outro lado da estação da Luz. Todos os buracos que tinham no chão estavam tomados por pedrinhas de gelo, dava até pra montar uma peixaria ou deixar uma porção de caviar gelando. Mas definitivamente buscar o carro não seria uma tarefa fácil, já que qualquer canto sujo da região estação da Luz (pra quem não sabe, é no centro da cidade... sente o clima...) estava inundado, com água passando pelos joelhos, fora o cheiro de esgoto insuportável. Ou seja, um prato cheio para quem quer pegar leptospirose.
Foi quando surgiu no horizonte inundado, um senhor puxando uma espécie de balsa improvisada (um carrinho tosco de mercadorias de médio porte) cobrando R$1 por pessoa que quisesse ser transportada pelas águas podres remanescentes da chuva. Foi aí que eu, Fernando, sua mamãe e o marido subimos naquela "embarcação" cambaleante pela rua inundada até a garagem. Tem coisas, que só São Paulo traz pra você.
Putz, tá um saco esse blog cheio posts de fotos no lugar de alguma outra coisa menos boba. Sério. Estou meio de saco cheio, pq ultimamente eu venho tendo pouco tempo para postar alguma coisa e sempre acabo postando alguma bobeira fútil no lugar de uma idéia bizarra que eu tive para um post. Tô fazendo uma áera para fotos, coisa que eu já deveria ter feito há tempos! Só pra não ter que postar esse tipo de coisa novamente e ficar me achando a mina mais fútil do universo.
Popscene, uhu!



*Cuidado! Se você é alérgico a papinhos fúteis sobre a vida social de indiecotazinhas evite ler esse post!



Popscene agora é às sextas-feiras, para infelicidade geral da nação. Mas tudo bem, dá-se um jeito.

O Lúcio Ribeiro e o Paulão foram lá discotecar e praticamente tocaram só tecneira, mas eu não liguei muito. Eu quero é roque hehe. Deixei uns CDs da Drosóphila com eles, que foram muito bacanas... até demais hehe

O Lúcio Ribeiro ficou me xavecando, blé! E ele não tem a voz igual à da Nair Belo, como certas pessoas afirmaram.





O Paulão está segurando um CD da Drosóphila nessa foto. Não. Não é montagem.




O que é um pontinho vermelho sorridente numa pista de dança?



Esse cara de camista bege era o grande amor da minha vida quando eu estava na 5ª série. Ele me rejeitava. Baba, beibe!